Udesc usa jogos eletrônicos na reabilitação de pessoas com deficiências ou obesidade

Projetos de extensão e de pesquisa da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte (Cefid), estão usando recursos dos chamados jogos eletrônicos ativos em programas de reabilitação. Consoles com sensores que substituem os controles manuais por movimentos do corpo, como o Xbox e Wii, extrapolaram os limites do entretenimento para se tornarem instrumentos de terapia – sem abandonar a diversão.

O projeto de extensãoReabilitação Multidisciplinar em Amputados, coordenado pela professora Soraia Cristina Tonon da Luz, atende pessoas que sofreram amputação de membros e necessitam de reabilitação antes ou depois de começar a usar uma prótese. Parte do trabalho de reabilitação desses pacientes, realizado pelo Laboratório de Biomecânica da Udesc Cefid, no Bairro Coqueiros, em Florianópolis, usa os jogos eletrônicos.

Kinect adolescentes udesc cefid

O console Nintendo Wii, com controle que substitui o apertar de botões por movimentos, ajuda a melhorar o equilíbrio, coordenação e força dos pacientes que já usam próteses, na fase final de reabilitação. “Utilizamos essa atividade também para diminuir o sofrimento dos pacientes de uma forma lúdica, porque assim eles se divertem e nem percebem que essa diversão também está ajudando na recuperação”, explica a professora Soraia da Luz.

Adolescentes obesos

Outro projeto de extensão, do Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício (Lape), coordenado pelo professor doutor Alexandro Andrade, oferece um programa estruturado de exercícios físicos voltado para adolescentes que também utiliza, além da musculação, jogos eletrônicos ativos. Nesse caso, a ferramenta usada é o console Xbox 360 com o acessório Kinect – sensor que permite usar os movimentos do próprio corpo para jogar.

O projeto atende adolescentes com obesidade (peso consideravelmente acima do normal) ajudando-os a emagrecer sem prejudicar a saúde, com alimentação balanceada, exercícios físicos regulares e estímulos psicológicos.

Os pacientes se exercitam em jogos de aventura e esportes com o Kinect. Para auxiliar e controlar a saúde dos pacientes nas atividades, os jovens são acompanhados e têm a frequência cardíaca monitorada durante os exercícios.

Síndrome de Down

Aline Lange Barros concluiu no último semestre a graduação em Fisioterapia na Udesc com um trabalho de conclusão de curso sobre reabilitação motora e respiratória com o uso de realidade virtual em uma criança com síndrome de Down, orientada pela professora Elisabete Oliveira. Ele relatou os resultados da terapia realizada com o uso de jogos do console Nintendo Wii em uma criança de 12 anos com diagnóstico da síndrome.

A pesquisa de Aline conclui a terapia com o uso do Wii proporcionou melhora no desenvolvimento motor, na força muscular e respiratória da paciente. “A realidade virtual é um dos desenvolvimentos recentes mais inovadores e promissores em tecnologia de reabilitação”, explica a fisioterapeuta. “O ambiente virtual permite desafios terapêuticos em ambiente seguro e controlado assegurando a execução de tarefas que talvez os pacientes não tenham habilidade para executar no ambiente real”.

Mais informações sobre os projetos de extensão podem ser obtidas com o Laboratório de Biomecânica (reabilitação de amputados), pelo e-mail biomecanica.cefid@udesc.br ou telefone (48) 3321-8670, ou com o Laboratório de Psicologia do Esporte e do Exercício (adolescentes obesos), pelo e-mail lape.cefid@udesc.br ou pelo telefone (48) 3321-8677.

Fonte: Carlito Costa- Assessoria de Comunicação da Udesc Cefid

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