Fonoaudiólogos debatem promoção e reabilitação social e educacional

A Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa) realiza de 8 a 11 de outubro, em Joinville (SC), o 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia, o principal evento da especialidade no Brasil. O tema central do evento será “Da Promoção à Reabilitação”, evidenciando as diversas atuações dos fonoaudiólogos nas áreas de saúde e educação. “Entendemos que muito além dos cuidados com a saúde vocal e auditiva, atuamos cada vez mais junto às escolas, nas intervenções hospitalares, e no auxílio a pacientes que precisam se reabilitar para a vida educacional e social. Ao discutir a promoção e a reabilitação, reafirmamos que também estamos aptos a nos dedicar na melhora da qualidade de vida das pessoas”, afirma Irene Marchesan, Presidente da SBFa.                                                                                                                                                                                                                 fonoaudiologia              

Este ano, entre os destaques do evento, a SBFa promove o 1º Congresso de Fonoaudiologia em Educação, outro importante campo de atuação dos fonoaudiólogos, especialidade responsável pelo estudo e desenvolvimento de diversos aspectos da comunicação humana. Os eventos têm apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) por meio da chamada pública PROEVENTOS, que incentiva a realização de eventos de ciência, pesquisa e inovação em todo o estado.

O 22º Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia contará com cerca de 2 mil congressistas de todo o país e terá nove auditórios, um específico para cada área da fonoaudiologia. Além disso, o evento abrigará três espaços especiais: Espaço Ciência e Profissão, Espaço Pós-Graduação e Espaço Fono Empreendedor.

Diretamente associado ao tema central do Congresso, a promoção e a reabilitação estarão presentes em diversas palestras, mesas de debates e workshops. Como a ampliação do acesso e qualificação do atendimento às pessoas com deficiência no sistema Único de Saúde (SUS), que contempla as áreas de deficiência auditiva, física, visual, intelectual, entre outras. No Brasil, os fonoaudiólogos têm atuação constante nas ações de prevenção e identificação precoce de deficiências na infância e vida adulta, e no trabalho de promoção e a reabilitação, como prevê o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Ruído Urbano

Entre os estudos e pesquisas que serão apresentados, está “Mapeamento do Ruído Urbano e seus efeitos à Saúde da População”. De autoria de Karina Mary Paiva, o estudo relata os níveis de barulho no mundo moderno e o impacto à saúde quando exposto a ele. Realizado no bairro de Pinheiros, em São Paulo, a pesquisa avaliou a prevalência dos principais desfechos em saúde, como distúrbios do sono e incômodo, e foram observadas associações entre morar em áreas expostas ao ruído do tráfego, percebê-lo e notar suas influências no desempenho de atividades como assistir televisão, descansar, conversar e se concentrar na realização de tarefas do dia a dia.

Também na área da audição, será demonstrado o estudo sobre atendimento, avaliação e tratamento da Gagueira online, pela fonoaudióloga Anelise Junqueira Bohnen. No Brasil, existem mais de dois milhões de pessoas que gaguejam, mas há poucos especialistas na área. “Cada profissional trabalhou com dois pacientes por oito sessões, sendo que apenas a primeira e a última foram presenciais. Os outros seis foram atendidos na forma online”, diz Anelise. “A conclusão do estudo apontou que o atendimento remoto foi considerado uma forma eficiente de tratamento, pela funcionalidade, flexibilidade de horários, economia, possibilidade de ser atendido sem deslocamentos, e acesso ao tratamento para pessoas de diferentes regiões do país, especialmente onde não há profissionais especializados”, conclui a fonoaudióloga. O estudo foi uma parceria internacional que envolveu o Instituto Parlo da Alemanha (IP), a Universidade Estadual Paulista-Marilia (UNESP) e o Instituto Brasileiro de Fluência (IBF), com participação de fonoaudiólogos de Marilia (SP), São Paulo (SP) e Porto Alegre (RS).

Educação

No campo da educação, serão apresentadas as atuações da fonoaudiologia para o auxilio de docentes, famílias e alunos, com base no Plano Nacional de Educação (PNE) e na Fonoaudiologia Educacional. “O PNE assegura a prática intersetorial, por meio de metas e estratégias que preveem uma aproximação com o Sistema de Saúde e demais serviços públicos”, explica Irene Marchesan. “Assim como é necessária a qualificação do educador, é imprescindível a formação adequada do especialista em fonoaudiologia educacional, para trabalhar desde a rede básica até o nível superior de ensino”, finaliza a Presidente da SBFa.

Fonte: Segs.com.br

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