UFSC coordena Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha

Fotos tiradas durante mergulho para pesquisas sobre biodiversidade marinha (notícia abaixo delas) 

Todos os núcleos têm laboratórios, embarcações, equipamentos de mergulho e coleta 

 

O Brasil é um dos países que menos conhece e protege sua biodiversidade marinha. Isso não decorre da falta de pesquisadores qualificados na área, mas principalmente da desarticulação entre eles. Integrar mais de 25 projetos de pesquisa e extensão mediante a Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha é uma das metas de um projeto apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

A rede consolida esforços regionais iniciados há mais de uma década, permitindo que grupos de pesquisa atuem de forma harmônica e padronizada. Ela é constituída por três núcleos principais – no sul, sudeste e nordeste – e abarcará oito universidades, sejam federais ou estaduais. Todos os núcleos têm laboratórios, embarcações, equipamentos de mergulho e coleta, muitos deles comprados com recursos do edital Sistema Nacional de Pesquisa em Biodiversidade (Sisbiota), lançado pela Fundação em parceria com o Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Ao longo de três anos, devem ser aplicados os quase R$3 milhões – para ser exato, R$ 2.719.114,35 – a serem repassados pelo Sisbiota a quatro projetos coordenados por instituições catarinenses, entre eles a Rede Nacional de Pesquisa em Biodiversidade Marinha, cuja principal executora é a UFSC. Até dezembro, será lançado o Portal Nacional da Biodiversidade Marinha, que vai divulgar os resultados de 25 projetos da rede. “O portal está sendo desenvolvido e contará com informações sobre o projeto, o seu andamento e muitas fotografias das expedições ao longo da costa brasileira e ilhas oceânicas”, diz o coordenador da rede, professor. Sergio R. Floeter, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC.

Remédios que vêm do mar

Outros objetivos da rede incluem conhecer o potencial farmacológico dos biomas marinhos do litoral sul e dar suporte científico a estratégias de conservação da biodiversidade marinha nacional. O Mar Territorial Brasileiro e a Zona Econômica Exclusiva do Brasil somam quase 4,5 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a mais da metade da superfície do país. O litoral concentra 70% da população e dá sustento a muitas famílias, porém a pesca excessiva e as mudanças climáticas ameaçam extinguir algumas espécies.

Ironicamente, o Brasil foi o primeiro a assinar a Convenção sobre Diversidade Biológica e formulou o Plano Nacional de Áreas Protegidas, para reduzir a taxa de perda de biodiversidade em áreas marinhas até 2012. A constituição da Rede Nacional em 2011 e os recursos do Sisbiota assegurados pelo CNPq e pela Fapesc até 2013 tornam esta missão mais possível.

A primeira parcela, de R$50 mil, viabilizou a primeira reunião de trabalho da rede, em maio, durante o III Congresso Brasileiro de Biologia Marinha, em Natal (RN). “Foi um sucesso. Teve mais de 25 participantes, entre professores, pesquisadores e alunos de graduação e pós-graduação”, afirma o Prof. Floeter. Em agosto, a Fapesc deve liberar recursos para garantir a continuidade do projeto

Informações adicionais com o  professor Sergio R. Floeter, pelo e-mailEsta imagem contém um endereço de e-mail. É uma imagem de modo que spam não pode colher..

Por Heloísa Dallanhol/ Jornalista na Fapesc

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