Dia de Campo sobre Arroz Irrigado em Rio do Campo

O evento aconteceu na propriedade do agricultor Antônio Carlos Contezini, na Comunidade Rio Azul em Rio do Campo, no dia 27 de março, com a participação de 30 pessoas, entre técnicos e agricultores.

O Dia de Campo foi liderado pela equipe do Escritório Local de Rio do Campo, através do Extensionista Anderson Rocha, com o apoio da Cravil, e da equipe de pesquisadores de Estação Experimental de Itajaí, representada por Rubens Marschalek, da área de Melhoramento Genético, pelo especialista em Nutrição Mineral de Plantas e Fertilidade do Solo, Ronaldir Knoblauch, e pelo Fitopatologista Klaus K. Scheuermann. O tema do evento girou em torno da Unidade Demonstrativa de Cultivares e Híbridos (UD), que em Rio do Campo contou com 11 cultivares e um híbrido, implantados em parcelas de 10 x 5m.

Os produtores tiveram a oportunidade de conhecer de perto a mais recente cultivar lançada pela Epagri, a SCS117 CL, bem como outras cultivares de alto rendimento. Os produtores foram informados da produtividade média obtida nestas três últimas safras na UD de Rio do Campo. Também puderam, nesta safra, e nas três safras passadas, conhecer cultivares do IRGA, da Embrapa e híbridos de empresas privadas. Os técnicos da Epagri aproveitaram o momento para esclarecer os produtores a respeito de várias tecnologias sobre a condução da cultura do arroz irrigado na região, considerada limítrofe nas condições climáticas para o arroz devido à altitude e, consequentemente, às baixas temperaturas. Nesse sentido, nos últimos cinco anos a equipe do “Projeto Arroz” da Estação Experimental de Itajaí desenvolveu esforços na  busca de linhagens de arroz mais adaptadas a estas regiões de elevada altitude (500 a 600m acima do nível do mar).

“Os orizicultores presentes no Dia de Campo obtiveram informações sobre a condução de experimentos destinados à busca de linhagens tolerantes a baixas temperaturas, experimentos estes conduzidos pela Epagri na Estação Experimental de Itajaí, bem como em Rio do Campo, onde este ano estão em avaliação 62 linhagens e cultivares”, explicou o pesquisador Marschalek. Tais atividades estão sendo executadas com o apoio financeiro da Fapesc, no âmbito do Projeto Fapesc 6980/10-9, intitulado “Avanços tecnológicos em arroz irrigado para a Região do Alto Vale do Itajaí”, que foi apoiado e aprovado localmente através da SDR-Taió. Um dos objetivos do projeto, que tem duração de 24 meses, é identificar materiais genéticos que tenham tolerância a baixas temperaturas durante a fase reprodutiva do arroz. As baixas temperaturas causam esterilidade, diminuindo significativamente a produtividade quando as temperaturas chegam a 17ºC ou menos, o que não raro ocorre no Alto Vale nos meses de janeiro e fevereiro, quando a maioria das lavouras do arroz está na fase reprodutiva.

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