A Colônia de Pescadores Z 7 recebeu no dia 25 (sexta-feira) uma visita técnica da equipe da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). O objetivo foi vistoriar a obra do barracão e avaliar os recursos utilizados na mesma, que está em andamento ao lado da Colônia.
O barracão consiste em uma estrutura de aproximadamente 350 metros quadrados, onde serão trabalhadas todas as etapas para o artesanato em couro de peixe, desde o curtume, curtição e tinturaria. Haverá uma sala para a produção do artesanato, com uma equipe composta por 20 pessoas. A obra, que teve início há 15 dias, está prevista para terminar em setembro deste ano.
O projeto artesanato em couro de peixe, o primeiro do Estado, foi contemplado em uma chamada pública da Fapesc, por meio do Programa Economia Verde e Solidária. Todos os critérios do edital foram pontuados e o projeto foi escolhido para receber o recurso no valor de R$ 287 mil reais para a execução da obra. O recurso é um convênio firmado entre o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Sustentável (SDS).
A Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social já firmou parceria com os pescadores, que a partir de agora irão doar ou vender o couro de peixe para a produção do artesanato. A equipe de artesãs já recebeu qualificação para trabalhar na produção, mas, caso seja necessária, mais uma qualificação será feita com o apoio da Fapesc em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A coordenadora de projetos da Fapesc, Carolina Knabben comenta que esta é uma maneira de incentivar que o trabalho continue sendo bem feito. “Estamos felizes em ver que o projeto está sendo feito de uma boa forma”, declara.
Logo após a visita, foi servido um almoço para a equipe da Fapesc, representantes do Sebrae e demais secretários presentes, no Centro Comunitário da Barra. Na ocasião, o secretário de Desenvolvimento e Inclusão Social, Luiz Maraschin, tornou públicas as informações sobre o projeto e o apoio recebido pela Fapesc. “Essa é uma demonstração de responsabilidade com o que é público”, ressaltou.
O secretário ainda comentou sobre a importância econômica e ecológica de ter este projeto contemplado. “Nosso projeto é inovador e com ele, estaremos valorizando os trabalhadores da pesca, envolvendo os indivíduos a desenvolver consciência ecológica deixando de jogar o couro de peixe nos rios e transformando-os em renda para as famílias”, apontou.
O presidente da Colônia de Pescadores Z 7, Levi Elias Vicente, explica que todos os peixes que possuem escamas podem ter o seu couro reaproveitado para o artesanato. Ele comenta, que apenas ainda não há conhecimento se são apropriados os couros dos peixes raia e cação para a produção do artesanato. “Este projeto irá beneficiar várias áreas, desde as famílias que irão trabalhar na produção, até a natureza, que será preservada com o reaproveitamento do couro de peixe”, explica.
A presidente da Associação de Artesãos do Bairro da Barra, Roseni Salete dos Santos, conta que o projeto vai contribuir para que o trabalho seja ainda melhor desenvolvido, pois terão espaço próprio para isto. “Essa é uma grande conquista para nós e, somos o primeiro grupo no Estado que trabalha com este tipo de artesanato”, salienta.
Mais informações pelo telefone (47) 3363-2745, de segunda a sexta feira, das 13h as 19h