Produto é feito com restos de milho, feijão e maisena
Um material biodegradável que após dois anos se torna em adubo, sustentável e com capacidade de melhorar a vida e a saúde de pessoas da zona rural ou de municípios sem qualquer saneamento. Foi nessa ideia que a Fundação Bill e Melinda Gates acreditou e hoje começa a mostrar resultados. Em 2010, aproximadamente 2,5mil pessoas se inscreveram no edital aberto pela Fundação Internacional e o único projeto brasileiro selecionado foi o do professor mineiro Antônio Ávila.
Ávila é professor no Departamento de Engenharia Mecânica da UFMG e a ideia para o edital internacional surgiu com o trabalho que ele realiza com compósitos, que são a união de dois ou mais materiais para criar um novo material com a capacidade de decomposição.
Os produtos utilizados para a criação do tijolo biodegradável são o resultado da mistura de restos das plantações de milho e feijão com um bioplástico feito de amido, glicerina, vinagre, água e maisena.
Etiópia
De acordo com Ávila o projeto será implantado na Etiópia em “pelo menos 10 mil escolas, centros de saúde, centros comunitários em comunidades rurais e regiões remotas do interior do país,” disse.
O custo para cada fossa implantada para uma comunidade de 24 pessoas utilizando a tecnologia desenvolvida no projeto é de 5 centavos de dólar. A ideia da Fundação Bill e Melinda Gates é disponibilizar de forma gratuita toda a tecnologia.
O pesquisador afirma que o projeto está dando frutos não somente onde será implantada as fossas, mas no lugar onde realmente deve fazer a diferença; na escola. “É importante para divulgar os trabalhos que estão sendo realizados e para incentivar os pesquisadores, alunos e a comunidade. Recentemente alunos de uma escola municipal foram ao meu laboratório aprender a fazer o tijolo biodegradável para apresentar na feira de ciências da escola”, afirma o professor.
Fonte: Assessoria de Comunicação Social FAPEMIG