Sistema dispensa autenticação de documentos eletrônicos em cartório

Imagine um diretor de uma grande empresa, que precisa assinar centenas de contratos num único dia. Cansativo? Sim, mas agora ele pode utilizar seu certificado digital num sistema e assinar documentos eletrônicos em lotes, de forma ágil e segura. Esta é apenas uma das vantagens do Sistema de Coleta de Assinaturas Digitais (SCAD), criado pela BRY Tecnologia com subvenção do PAPPE.

 

O SCAD também dispensa autenticação de cópias em cartório, uma vez que em meio eletrônico, todas as cópias do arquivo são consideradas originais. No futuro, será possível ainda efetuar o reconhecimento de firma e registro em cartório de forma on line. “A validade jurídica já é provida pela legislação brasileira, através da medida provisória 2.200-2/2001. Setores como os cartórios vêm também evoluindo para se adaptarem às novas tecnologias”, afirma Jeandré Monteiro Sutil, diretor técnico da BRY. A empresa desenvolveu outro sistema, Módulo Workflow com suporte a Alçadas e Poderes (MAP), implantado na Eletropaulo. A empresa atualmente se dedica ao desenvolvimento de projetos que permitam a assinatura digital de documentos eletrônicos em dispositivos móveis, dispositivos cada vez mais presentes no dia a dia das pessoas.

 

Clientes aprovam

 

O SCAD tem sido usado na Dígitro e tem demonstrado grande utilidade quando há muitos envolvidos na assinatura de um mesmo contrato, por exemplo. “Cada parte recebe um e-mail informando que há um novo contrato para ser assinado. Uma vez que tenha assinado, os demais são notificados e podem também assiná-lo”, explica Sutil. “Toda essa tramitação de documentos, que muitas vezes implicam em envio por correio, podendo levar uma semana ou mais para ser finalizada, é concluída em minutos, com o SCAD.”

 

Para começar, basta que se tenha um certificado digital, ferramenta que identifica uma pessoa em meio eletrônico e é emitida por autoridades de certificação credenciadas pelo governo, mediante verificação da documentação pessoal em papel. O certificado é armazenado em um cartão inteligente, semelhante aos cartões de crédito. Nele encontram-se armazenados, de forma segura, o certificado e uma chave da assinatura pessoal. Para realizar uma assinatura, o usuário insere seu cartão em uma leitora e digita uma senha pessoal para liberar a assinatura. Estão disponíveis também dispositivos USB para o armazenamento de certificados, os chamados Tokens.

Figura 2 Exemplo de Token

 

Figura 1 Exemplo de Cartão Inteligente

“A garantia de autenticidade em si não é visível, mas sim baseada na execução de operações matemáticas, que evidenciam tentativas de falsificações. Contudo, é possível utilizar representações visuais da assinatura no documento, como a própria digitalização da mesma. Essa funcionalidade é bastante utilizada para tornar a apresentação do documento eletrônico mais próxima de seu correspondente, em papel. A questão fundamental é que com a assinatura digital torna-se matematicamente inviável você gerar um documento e fingir que eu assinei”, exemplifica Sutil.

 

Ele e outros empresários mostraram o andamento de seus projetos no seminário aberto às 8h30 do dia 10 de abril pelo presidente da FAPESC, Sergio Gargioni. O evento teve a participação de Marcos Regueira, gestor do PAPPE no Sebrae-SC. “Fiquei agradavelmente surpreso com os resultados e, considerando os riscos envolvidos na inovação tecnológica, achei que os projetos foram uma excelente utilização de recursos públicos”, conclui Regueira.

 

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