Pesquisa inédita pretende criar “chá” antidepressivo

O conhecimento popular sobre uma planta encontrada ao redor do Parque Nacional da Serra do Itajaí (SC) gerou curiosidade e incentivou a realização de uma pesquisa inédita sobre o uso da erva-santa como antidepressivo. A análise foi realizada por pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), em parceria com a FURB (Fundação Universidade Regional de Blumenau), e contou com financiamento da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).

A erva-santa, como é popularmente conhecida na região da Serra do Itajaí, já vinha sendo utilizada pela população local como antidepressivo. E pesquisadores já utilizavam o óleo dela para outros fins. Com a nova pesquisa, comandada pela Professora Ana Lúcia Zeni para sua tese de doutorado na UFSC, pode-se confirmar a sabedoria popular.

Ramos e folhas da planta foram transformados em um chá, testado em animais. Dessa forma, comprovou-se que a solução tem efeito neuroprotetor e antidepressivo, ou seja, tem potencial para proteger e auxiliar no tratamento da depressão de maneira rápida e com menos efeitos colaterais que os medicamentos existentes no mercado brasileiro para o combate à depressão.

A pesquisa foi coordenada pelo professor Marcelo Maraschin (UFSC) e contou com a colaboração de uma equipe de especializada, além de ser a única contemplada na linha de pesquisa “Apoio a projetos que visão pesquisas sobre o acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais”, da Chamada Pública Biodiversidade de 2009.

A Chamada Pública Pesquisa Científica, Tecnológica e de Inovação em Biodiversidade é oferecida pela Fapesc desde 2009 e tem como objetivo apoiar projetos e pesquisas relacionados à conservação e ao uso sustentável da biodiversidade no estado de Santa Catarina. Por conta da última chamada, lançada em 2009, mais de R$ 3,8 milhões foram investidos em pesquisas de diferentes linhas. Parte desse total viabilizou a pesquisa intitulada “Estudo do extrato aquoso de Aloysia gratissima (erva-santa) sob parâmetros químicos e biológicos no sistema nervoso central”.

Fonte: Joel Pereira. Estagiário da Assessoria de Comunicação na Fapesc.

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A professora Zeni pesquisou o efeito antidepressivo da erva-santa


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Aloysia gratissima popularmente conhecida como erva-santa. Foto: Ana Zeni

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