Tecnova auxilia criação de aparelho auditivo inovador

O Brasil possui aproximadamente 10 milhões de pessoas com deficiência auditiva (DA), índice equivalente a 5% da população total do País. Os números provenientes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) do censo de 2010 mostram ainda que cerca de 2 milhões tem deficiência auditiva severa – 1,7 milhão têm muita dificuldade para ouvir e mais de 344 mil são surdas – e 7,5 milhões de habitantes têm problemas para escutar.
Wavetech implante

A grande quantidade de pessoas que apresenta dificuldades para ouvir abre mercado para empresas desenvolverem soluções. Pensando justamente neste público que a WaveTech, empresa nascente de base tecnológica de Florianópolis (SC) especializada em engenharia de saúde auditiva, construiu um aparelho auditivo com tecnologia nacional para facilitar o dia a dia de pessoas com essa dificuldade. Os Aparelhos de Amplificação Sonora Individuais (AASIs) são dispositivos eletrônicos que recebem os sons ampliando as ondas sonoras e as reproduzem de forma ajustada às problemáticas de cada cliente.

Para desenvolver o aparelho, a empresa contou com recursos da ordem de R$ 600 mil providos pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) por meio do programa TECNOVA, que em Santa Catarina foi realizado em parceria com a FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina). O dispositivo é precursor no mercado por não utilizar fios na integração das suas partes e por seu software ser compatível com a plataforma utilizada pelos demais produtos da linha.

A construção do aparelho com componentes nacionais é importante para o Brasil exercer mais presença neste mercado. Atualmente, mais de 95% dos aparelhos são importados.

Testes

Para desenvolver a tecnologia, a WaveTech realizou uma série de procedimentos para comprovar a eficácia do dispositivo. “Fizemos, ao todo, quatro protótipos, com o auxílio de tecnologias como impressoras 3D, e que foram essenciais para ajustar os detalhes e corrigir alguns erros. Os modelos de teste permitem aperfeiçoar aos poucos o produto, até torná-lo fabricável’’, afirma Guillaume Barrault, um dos donos da startup. A fabricação do produto deverá começar na primeira metade de 2016.

Fonte: Agência Gestão CT&I, com adaptações

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