Chocolate: quando ele faz bem à saúde

O cacau, componente do chocolate, contém inúmeros compostos químicos com nomes difíceis, como polifenóis, teobromina, triptofano, ácido oléico, ácido esteárico, ácido palmítico e feniletilamina. Essa última substância, é conhecida como uma das “substâncias química do amor”, controladora dos neurotransmissores. Segundo César Zucco, presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), e um dos diretores da FAPESC, as pessoas apaixonadas têm níveis mais altos de feniletilamina na circulação sanguínea. “O chocolate possui essa susbtância, entretanto, a quantidade não é tão alta a ponto de fazer com que nos apaixonemos. Já as endorfinas são substâncias que estão naturalmente no cérebro humano, sintetizadas por ele em resposta a uma varidade de estímulos, sendo relacionadas aos efeitos causados pelo ópio. Como o chocolate estimula a liberação de endorfinas, ele nos dá uma sensação de bem-estar e de felicidade”, explica. 

Um importante efeito do chocolate é sobre o sistema cardiovascular. Sua ingestão reduz a pressão arterial e melhora o fluxo sanguíneo nas artérias, reduz o colesterol total, o LDL (o “colesterol” ruim), e a aterosclerose.  Isso tudo contribui para reduzir o risco de doenças cardíacas e o derrame cerebral, por exemplo. É interessante observar que o mecanismo de ação envolvido na redução da pressão arterial é o aumento causado pelos flavonóides presentes no cacau do composto químico óxido nítrico, que promove o relaxamento dos vasos sanquíneos (reduzindo a pressão). Esse óxido também tem efeito sobre a sensibilidade à insulina, o que reduz o risco de diabete tipo II. Ele também reduz a inflamação, efeito semelhante ao da aspirina que impede a obstrução dos vasos.

Como o chocolate evita doenças – Segundo o professor, o chocolate faz bem à saúde se ele for amargo, com 60% a 70% de cacau, não contendo leite na formulação, e se for ingerido em pequenas quantidades, cerca de 25 gramas por dia. Além disso, as calorias da ingestão do chocolate devem ser abatidas de outras refeições. “O chocolate amargo tem em sua composição até 70% de derivados do cacau, portanto significativas quantidades de flavonóides, com o dobro da capacidade antioxidante do chocolate ao leite, e muito menos açúcar. As gorduras existentes no chocolate amargo são a monoinsaturada, derivada do ácido oléico, também encontrada no azeite de oliva, que favorece o aumento do HDL, colesterol bom; o ácido esteárico, que embora seja uma gordura saturada, não altera o colesterol total. Por último, o ácido palmítico, gordura saturada que, embora aumente o colesterol prejudicial à saúde, é compensado pelos efeitos positivos do ácido oléico”, explica Zucco, um dos organizadores do Ano Internacional da Química (AIQ), comemorado este ano no Brasil.

Já o chocolate encontrado em todos os lugares é uma mistura de componentes com 11% de cacau, em média. O restante é açúcar, leite e diferentes tipos de gorduras. Portanto, o teor de flavonóides é muito baixo. E pior, a presença do leite inibe a absorção e diminui o efeito antioxidante dos polifenóis, além de aumentar o colesterol. Este tipo de chocolate é, também, altamente calórico, devido a presença de carboidratos e gorduras.

Sobre o AIQ: Realizado no Brasil pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), pela Sociedade Brasileira de Química (SBQ), pelo sistema Conselho Federal de Química/Conselhos Regionais de Química (CFQ e CRQs), e pelo Instituto de Química da USP, o Ano Internacional da Química (AIQ) tem como responsáveis pela coordenação internacional de suas atividades a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e a União Internacional de Química Pura e Aplicada (IUPAC). As instituições e os órgãos públicos que apoiam a iniciativa são: Ministério de Ciência e Tecnologia, Ministério da Educação, Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Sindicato dos Químicos, Químicos Industriais e Engenheiros Químicos do Estado de São Paulo (Sinquisp). O AIQ conta com o patrocínio das empresas BASF, Bayer, Braskem, Clariant, Dow, Elekeiroz, Evonik, Innova, LANXESS, Oxiteno, Rhodia, Solvay, Unigel e White Martins. Mais informações no site oficial do evento em http://quimica2011.org.br.

Redes sociais – O AIQ no Brasil tem uma plataforma de redes sociais, que inclui um blog, perfil no twitter, página no facebook e canal no YouTube. O conteúdo é dirigido especialmente para o público jovem e tem a intenção de “traduzir” a Química para o dia a dia das pessoas. Blog AIQ http://blog.quimica2011.org.br. Para curtir o AIQ no facebook e compartilhar informações sobre Química no cotidiano, acesse http://www.facebook.com/AIQ2011. Siga o AIQ no twitter em: www.twitter.com/quimica2011.

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