Das 20 primeiras cidades do Índice de Cidades Empreendedoras, realizado pela Endeavor, três são catarinenses. Florianópolis (2ª colocada), Joinville (9ª) e Blumenau (20ª) representam o estado de Santa Catarina no ranking, que em número de cidades, perde apenas para o estado de São Paulo, com cinco municípios entre os 20 primeiros colocados. Este ano, o Índice analisou 32 cidades, que, juntas, representam mais de 41% das scale-ups – empresas que apresentam alto crescimento em geração de emprego e renda – do país e cerca de 37% do PIB.
“Santa Catarina tem boas cidades pra empreender, principalmente Florianópolis e Joinville, mas ainda pode melhorar em alguns aspectos. Todas as cidades paulistas analisadas estão entre as 20 primeiras colocadas no ranking. São Paulo, também pelo fato de ser centro econômico e do ponto de vista logístico, é um estado à frente de Santa Catarina. Mas o que faz a diferença em Santa Catarina são: capital humano qualificado, inovação, baixos custos, boa qualidade de vida e condições favoráveis para empreender”, avalia João Melhado, gerente de Pesquisa e Mobilidade da Endeavor.
Florianópolis ocupa a segunda colocação geral, com uma diferença pequena para São Paulo, a primeira do ranking. Em relação a pesquisa anterior, que analisava as capitais mais empreendedoras do Brasil, também organizada pela Endeavor, Florianópolis perdeu a primeira colocação para São Paulo, mas avançou em diversos indicadores. Ao todo são 56 indicadores observados, distribuídos em sete pilares que mais impactam a vida do empreendedor: Capital humano, Infraestrutura, Inovação, Ambiente Regulatório, Acesso a Capital, Mercado e Cultura.
A capital catarinense lidera os quesitos Capital Humano, que avalia a educação básica e superior, e Inovação, que analisa mão de obra, investimentos e tamanho da indústria de inovação, da economia criativa e do setor de tecnologia. Florianópolis avançou em investimentos em inovação, na cultura empreendedora e na qualificação da mão de obra. O número de adultos com ensino superior na capital catarinense é de 36%, enquanto a média das cidades analisadas é de 22%. Além disso, 60% dos universitários são formados em cursos considerados de excelência pelo MEC, com notas 4 e 5 no ENADE, superando os 23% da média. Porém, Florianópolis ainda precisa melhorar em infraestrutura, principalmente no acesso à internet rápida, e no mercado. “O mercado é o principal desafio da cidade. Apenas 0,35% das empresas de Florianópolis exportam. Isso é um limitador bastante preocupante. Para se ter uma ideia, em SP o número é três vezes maior, e mesmo assim é baixo”, comenta Melhado.
O gerente de Pesquisa e Mobilidade afirma que, apesar da queda no ranking, Florianópolis continua sendo um polo do empreendedorismo no país: “São Paulo tem um mercado muito grande. Florianópolis não tem nada disso e ainda assim consegue completar com muita inovação, capacidade para inovar e mão de obra qualificada, custos mais baixos e qualidade de vida. Empresas com ação nacional e global, sem dúvidas, vão ajudar a cidade a retomar a liderança. Esse foi e continua sendo o grande desafio para cidade.”
Outras duas cidades catarinenses se destacaram na pesquisa. Joinville ocupa a nona posição, ficando à frente de grandes capitais como Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília, por exemplo. Blumenau fecha a lista dos municípios de Santa Catarina, na 20ª colocação. Em quesitos como infraestrutura e mercado, as duas cidades tem o índice melhor que Florianópolis. Em relação ao número de empresas exportadoras, que faz parte do pilar mercado, Joinville e Blumenau passam a cidade de São Paulo, que é responsável por 10% do PIB nacional, e as outras cidades paulistas, ficando atrás apenas de Sorocaba.
SOBRE A ENDEAVOR
A Endeavor é uma das principais organizações de fomento ao empreendedorismo no mundo. Atua na mobilização de organizações públicas e privadas e no compartilhamento de conhecimento prático e de exemplos de empreendedores de alto impacto para fortalecer a cultura empreendedora do país. No Brasil desde 2000, já ajudou a gerar quase R$ 4 bilhões em receitas anualmente e mais de 20.000 de empregos diretos através de programas de apoio a empreendedores; e a capacitar mais de 2 milhões de brasileiros com programas educacionais presenciais e à distância. Para a realização do ICE 2015, a Endeavor contou com a parceria da EY (antiga Ernst & Young), Meta, Opinion Box, SEDI e Spectra Investimentos.
Fonte: Assessoria de Comunicaçãod a Endeavor
