Enquanto um tufão varre o Japão, a Agência de Cooperação Internacional daquele país colabora para evitar futuras enchentes em Santa Catarina. Representantes desta agência (Jica) explicaram no dia 21.09 como o estado poderia adotar medidas para prevenir ou minimizar inundações e outros desastres naturais nos próximos 50 anos. Até 15 de outubro, o plano sugerido pelos japoneses deve receber parecer técnico da Fapesc (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina).
Pareceres foram pedidos também a outros órgãos do governo estadual pelo Secretário de Estado da Defesa Civil, Geraldo Althoff. A Fapesc tem papel decisivo na análise pois apoiou a produção do Plano Integrado de Prevenção e Mitigação de Desastres Naturais na Bacia Hidrográfica do Rio Itajaí e coordenou o Grupo Técnico-Científico Prevenção a Catástrofes Naturais até o governo passado, entre outros motivos.
Sugestões
“O planejamento é ainda mais importante em virtude das mudanças climáticas, que modificam os critérios de previsibilidade dos desastres naturais”, destacou o presidente da Fundação, Sergio Gargioni. “Para realmente solucionar o problema das enchentes maiores, propomos o alargamento da calha e aprofundamento do leito do Rio Itajaí, para aumentar o escoamento de água”, disse o chefe da equipe da Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica), Minoru Ouchi, por meio de um tradutor. Também foi recomendado aumentar a capacidade de contenção das barragens existentes na bacia e construir pequenas barragens nos afluentes do Itajaí, uma ideia já apresentada pelo Comitê da Bacia do Rio Itajaí. Outra sugestão foi a abertura de um canal extravazor de enchentes em Navegantes. “Remover moradores das margens dos rios seria mais complicado, mas nosso plano inclui um mapa dos riscos em 149 locais”, pondera Ouchi.
Além dele, participaram da reunião o Diretor de Pesquisa Agropecuária e Meio Ambiente da Fapesc, Mario Angelo Vidor, coordenadores de projetos da Fundação e colaboradores da Secretaria de Estado da Defesa Civil.
