Projeto da Unisul mostra cenário catarinense de coworking spaces e incubadoras

Com a proposta de analisar modelos de gestão e governança dos ambientes inovadores de aprendizagem e empreendedorismo nas universidades catarinenses, pesquisadores da UNISUL (Universidade do Sul de Santa Catarina) mapearam 10 espaços de coworking e 8 incubadoras do estado. O projeto resultou na implantação do iLAB, o Laboratório de Inovação e Empreendedorismo da UNISUL, onde já foram geradas 25 startups. A pesquisa de mestrado recebeu apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina) por meio da chamada Universal de 2014, que auxiliou projetos de todas as áreas do conhecimento.

Foto: divulgação/iLAB

O iLAB foi construído com base nos conceitos de coworking spaces e smart classrooms. O mapeamento desses espaços em Santa Catarina mostrou que eles estão se expandindo, mas seus gestores ainda carecem de uma definição quanto aos modelos de negócios, processos, portfólios de produtos e serviços a serem oferecidos aos frequentadores, e possuem dificuldade na atração de novos clientes dos espaços. “Durante o período de pesquisa observamos que alguns espaços fecharam suas atividades, devido à falta de sustentabilidade econômico-financeira, pois muitos deles necessitam ir além da locação de mesas de trabalho, ofertando outros tipos de serviços que gerem receitas recorrentes”, exemplifica o professor Geraldo Campos, coordenador da pesquisa.
Já as incubadoras nas universidades possuem características diferentes dos coworking spaces e têm parte da sua receita na locação das salas para os empreendedores, sendo o restante dos recursos aportado pelas universidades. “Identificamos um modelo tradicional no qual os empreendedores com suas salas privativas pouco colaboram e interagem entre si, compartilhando conhecimentos apenas quando da realização de eventos”, diz o professor.
A pesquisa também detectou que há pouca diversificação na oferta de produtos e serviços pelas incubadoras, onde a percepção do valor se dá apenas pela locação com valores mais baixos do que os empreendimentos imobiliários comerciais. O professor lamenta que exista pouca relação entre esses espaços e as universidades, empresas juniores e grupos de pesquisa, pois “minimiza as possibilidades de interação e compartilhamento do conhecimento, que poderiam potencializar negócios e gerar oportunidades”.
A identificação dos coworking spaces foi realizada com base em um censo da Recepeti (Rede Catarinense de Inovação), que os registrou no site Coworking Brasil. Para as incubadoras o grupo de pesquisa utilizou um mapeamento das universidades filiadas ao Sistema ACAFE (Associação Catarinense das Fundações Educacionais.), ao qual a UNISUL está vinculado, além das universidades públicas.
Fonte: Jéssica Trombini – Coordenadoria de Comunicação da FAPESC

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