IFC Araquari recebe visitantes nas apresentações de projetos de pesquisa da III Mostra Científica e Tecnológica.
A III edição da Mostra Científica e Tecnológica (MCT) do Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari aconteceu durante os dias 25 e 26 de novembro. O evento foi aberto aos visitantes que puderam acompanhar a apresentação de 40 projetos de iniciação científica desenvolvidos no ensino médio técnico da instituição. Paralelo à tradicional MCT, que acontece desde 2001, o I Evento de Pesquisa e Extensão (EPEX), destinado às pesquisas de graduação, foi realizado com a apresentação de 22 trabalhos.
Nesta edição, a MCT contou com novidades como a premiação com bolsas do CNPq para os três melhores projetos na classificação geral que apresentaram um plano de continuidade à pesquisa; ampliação de financiamentos de fomento à pesquisa e a incorporação de projetos culturais e de física da Escola Estadual Hegino Aguiar.
Sílvia Lopes |
A coordenadora da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), Sílvia Barbosa Lopes, foi convidada para acompanhar a produção acadêmica dos alunos financiados com verbas da fundação para a realização dos projetos. “Fiquei surpresa com as condições oferecidas pela instituição. É a primeira vez que tenho a oportunidade de acompanhar o evento no Campus de Araquari e não imaginava encontrar boas condições de estrutura”.
Nestor Panzenhager |
O Pró-reitor de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal Catarinense, Nestor Panzenhagen, que acompanhou as últimas edições da Mostra, mencionou que houve uma evolução no processo científico-metodológico dos trabalhos. “Mais qualidade, mais projetos e a oportunidade de apresentação de pesquisas de graduação torna Araquari um dos campi pólo do IFC na iniciação científica”. Nestor comentou, ainda, que a avaliação dos trabalhos é importante para classificá-los. Ao estabelecer critérios, as avaliações tornam-se benéficas orientações e dicas de evolução para os projetos. “Isso significa valorizar o desenvolvimento do artigo, que é a documentação da pesquisa, e também a apresentação oral da pesquisa realizada pelos acadêmicos”, completou.
Robert Lenoch |
O diretor geral do IFC – Araquari, Robert Lenoch, comentou que a infraestrutura oferecida foi ampliada e um maior número de docentes pode contribuir na realização deste evento. “Leciono aqui desde 1992 e não imaginava que algo que começou chamado de feira de ciências pudesse se transformar em referência de pesquisa”. O campus de Araquari é o único do IFC que conta com o corpo docente de 22 doutores. “Os acadêmicos têm a oportunidade de serem orientados por profissionais na área de pesquisa”, completou Robert.
“Estamos em reunião desde a primeira semana de aula, no início do ano”, disse a acadêmica Ruth Bianchini, uma das autoras do projeto “Uso de plantas medicinais na qualidade de vida para grupos de terceira idade”. A pesquisa é uma continuidade do trabalho apresentado na MCT de 2010, e objetiva-se a praticar a extensão na área técnica de agropecuária, na qual oferecem palestras para um grupo de terceira idade com o intuito de demonstrar a utilidade das plantas medicinais, suas técnicas de cultivo, suas aplicações. “É um aprendizado recíproco. Nós estamos em formação, ainda, e os personagens da pesquisa já têm uma tradição no cultivo de plantas. É um conhecimento que também absorvemos”, disse a integrante do projeto, Sintieli Ferreira. “Esses três anos de MCT nos beneficiou na oralidade, n a apresentação de trabalhos em sala e a nossa revisão bibliográfica se tornou material de apoio”, concordam Ruth e Sintieli.
Acadêmicas do curso de Agropecuária: Sintieli, Ruth e Aline |
Cristiane Tagliari |
“Motiva-nos fazer a diferença”. Foi assim que a coordenadora geral da comissão organizadora da III MCT, Cristiane Tagliari, descreveu a importância de mais uma edição do evento de iniciação científica. Acrescentou, ainda, que mesmo que os alunos não sigam na área da pesquisa, alguma coisa o projeto de pesquisa e a apresentação na Mostra contribuirão para os alunos.
Entre os critérios de avaliação estavam a redação, o método científico, relevância do tema, a apresentação oral em coerência com o conteúdo do artigo e a apresentação visual dos estandes. A avaliadora da área de Educação e Extensão, Maria Salete, ressaltou que a parte científica dos projetos está num bom nível e que os principais problemas, dos quais são descontados pontos, são da produção textual. “Mas são erros esperados, já que sabemos da pouca experiência dos estudantes em escrever artigos científicos de acordo com a ABNT”, analisou.
Expansão dos eventos de iniciação científica na Rede Federal de Educação
Nos últimos dias 07 a 09 de novembro, o Campus Reitoria, do Instituto Federal Catarinense, em Blumenau, sediou a IV Jornada de Produção Científica da Educação Profissional e Tecnológica da Região Sul. A Jornada é um evento regional que reúne os campi pertencentes as reitorias dos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. É uma iniciativa para a integração e valorização da troca de experiências entre os acadêmicos da Rede Federal de Educação Tecnológica.
Segundo o Pró-reitor de Pesquisa e Inovação do Instituto Federal Catarinense, Nestor Panzenhagen, os eventos de iniciação científica de cada campus são janelas para outros congressos. “Projetos desenvolvidos no Câmpus Rio do Sul e apresentados na FETEC (Fe
ira do Conhecimento Tecnológico e Científico), por exemplo, foram diretamente classificados para a Mostratec (evento de âmbito internacional com sede no Brasil). Esses eventos permitem divulgar e qualificar a produção científica através das premiações para diferentes categorias além de oferecer a experiência de diálogos entre autores de diferentes projetos”, disse.
Outro evento é a MICTI (Mostra Nacional de Iniciação Científica e Tecnológica Interdisciplinar), que deixou de ocorrer, em 2011, em função da organização da IV Jornada. Surgiu em 2006, no Câmpus de Camboriú do IFC, quando ainda era Colégio Agrícola vinculado à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). Atualmente é classificada como evento nacional e recebe projetos de outras instituições públicas de ensino que não apenas da Rede de Institutos Federais. A MICTI ocorre anualmente com rotatividade de sede entre os campi.
Fonte: Nossa Pauta