Santa Catarina é o primeiro estado brasileiro a analisar a ameaça de organismos marinhos capazes de veicular doenças por meio da ingestão de ostras cultivadas. A investigação está sendo conduzida pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), com apoio da FAPESC (Fundação de Amparo à Pesquisa e à Inovação do Estado de Santa Catarina).
Com a liberação da terceira e última parcela dos recursos do governo estadual em maio, pesquisadores poderão concluir o estudo sobre os vibrios marinhos – principais causadores de gastroenterites associadas ao consumo de ostras –, sua resistência a antibióticos e outros aspectos dos organismos presentes em fazendas marinhas da baía sul, em Florianópolis.
“O desenvolvimento desta pesquisa vem colaborando com o crescimento da credibilidade e ganho de mercado desta importante atividade sustentável, que é a ostreicultura em Santa Catarina”, diz Cleide R.W. Vieira, coordenadora da pesquisa. Ela também cita a redução de barreiras sanitárias para a comercialização de ostras fora do estado e mesmo do país como outro benefício da investigação, que deve gerar tecnologias a serem repassadas para os produtores locais. “Além disso, o desenvolvimento de referência científica para tratamentos com uso de antibióticos adequados no caso da ocorrência de infecções causadas por vibrios, diminuem a gravidade do problema e os custos de tratamento para o poder público”, arremata Cleide Vieira.